MIRAvilhas

Mira é uma vila portuguesa no Distrito de Coimbra, região Centro e subregião do Baixo Mondego, com cerca de 7 800 habitantes. É sede de um município com 123,89 km² de área e 13 144 habitantes (2004), subdividido em 4 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Vagos, a leste e a sul por Cantanhede e a oeste tem litoral no Oceano Atlântico. Em 1442, o regente Dom Pedro, concedeu autonomia municipal a Mira. Recebeu foral de D. Manuel I em 1514.

Casas Gandaresas

casa gandaresa é a casa típica de Mira. Mostra sobre a estrada uma fachada simples mas cuidada: composta sempre pelo motivo — janela, porta, janela, portão largo e dois óculos um pouco abaixo do beiral.

Publicada por C.C  

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Mira: origens, gentes e tradições

A vila e sede do concelho.
Os indícios de instalação de vida humana no território de Mira remontam a eras antiquíssimas. A sua fundação é atribuída aos romanos. Foram encontrados alguns materiais de construção, nomeadamente “tegulae” (telhas) e cerâmica doméstica.
No tempo das invasões árabes foi por estes habitada, que a baptizaram com o nome que ainda hoje tem. Mira , da palavra árabe “mir” ou “Emir”, que quer dizer príncipe, chefe, senhor. Os árabes, dando-lhe este nome, quiseram distingui-la pela sua beleza, situado e amenidade de clima, chamando-lhe “Terra do Senhor”.
No período muçulmano esta região ter sido palco de guerras entre cristãos e árabes, quando estes dominavam Coimbra e zona envolvente. E a influência árabe foi nítida, tendo mesmo a área um dos maiores focos de moçarabismo de toda a Península.
A partir da última conquista de Coimbra aos árabes, em 1064, que melhor se conhece a história das terras de Mira. Conta a “Grande Enciclopédia Portuguesa Brasileira”: “Na doação que o conde D. Raimundo, senhor de Coimbra, fez no ano de 1094 aos novos provadores de Montemor-o-Velho, deu e concedeu a vila, todos os seus termos e um moinho que ficava junto da fonte de Carabái, a Zalema Godinho, com a condição de este mandar arrotear, romper e cultivar todos os terrenos incultos, não podendo, contudo, doá-los, vende-los, dá-los ou troca-los sem o assentimento daquele. D. Raimundo, mais tarde, doou ao referido Zalema todas as terras de S. Tomé de Mira, nomeando-o seu proprietário e senhorio.
A primitiva igreja de S. Tomé de Mira, que esteve no sítio onde hoje se encontra a ermida de S. Sebastião, foi mandada edificar por Zalema Godinho.” D. Manuel deu-lhe foral, em Lisboa, a 27 de Agosto de 1514.
O concelho foi extinto em 7 de Setembro de 1895 e anexado ao de Cantanhede, sendo restaurado em 13 de Janeiro de 1898. Raul Brandão fez uma curiosa descrição de Mira e da sua praia. A costa, cheia de dunas, foi coberta de pinhais quase por completo destruídos na III Invasão Francesa. Estes pinhais exerciam uma capa protectora contra o avanço das areias. Os trabalhos de repovoamento florestal e fixação das areias recomeçaram em 1917.
A Igreja Matriz de Mira, construída pelos padres crézios de Coimbra, uma obra do estilo maneirista (Renascença) dos finais do século XVII (1690). De fachada simples, ladeada por uma torre rematada em forma de pirâmide, com uma porta axial acabada por um friso e um pequeno nicho. O interior, composto por um altar-mor, dois altares colaterais de talha dourada do século XVII-XVIII e uma capela no corpo. A parede revestida de alto lambril de azulejos setecentistas de fabrico coimbrão, com treze painéis alusivos à Paixão de Cristo. Os tectos são de madeira, repartidos em caixotes com pinturas barrocas.
A casa gandaresa, a casa típica de Mira. Mostra sobre a estrada uma fachada simples mas cuidada: composta sempre pelo motivo — janela, porta, janela, portão largo e dois óculos um pouco abaixo do beiral.
Os palheiros, cada vez menos, são casas feitas de madeira de tábuas sobrepostas horizontalmente e pintadas com piche, o que lhes dava um aspecto escuro, ou de tábuas dispostas verticalmente, e nas juntas tapadas por ripas. Podiam ser pintadas de verde, vermelho e azul.
Os moinhos de água, localizados ao longo da vala de Fervença, são moinhos de rodízio horizontal (roda horizontal, constituída por uma série de palas de madeira, dispostas radialmente). Em Mira, os moinhos estão agrupados num mesmo imóvel, formando um núcleo: Os moinhos da Lagoa (construídos em madeira), os moinhos da Fazendeira e os moinhos do Arraial (ambos construídos em adobe).
A pesca, xávega , um tipo de pesca tradicional, realizado entre os meses de Maio e de Outubro, que utiliza um barca em forma de lua, de proa e popa elevadas e de bordos altos para resistir melhor às ondas.
Os Caretos da Lagoa ocupam um espaço muito especial no registo das singularidades de Mira. São pelo Carnaval e são foliões, homens que se fantasiam com roupas femininas, coloridas, e usam uma máscara de cartão ornamentada com chifres e serpentinas... Dependuram ao pescoço chocalhos e guizos. Aparecem em grupo, “atacando” as pessoas (especialmente as moças solteiras!) e assustando-as...
No campo do artesanato de Mira, são de assinalar as miniaturas dos barcos de pesca, xávega e de carros de vacas, os abanicos de penas, cestaria em verga e miniaturas das casas gandaresas.
Aqui viveu grande parte da sua vida e aqui morreu o notável poeta da Nova Arcádia Francisco Joaquim Bringe, que em vida usava o pseudónimo de Francélio Vouguense.





Lagoa

Lagoa
Lagoa ( Lagoa de Mira)





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